"Os sintomas mais frequentes são tristeza, irritabilidade,
ansiedade e choro, e esses sentimentos acontecem devido as rápidas alterações
nos níveis hormonais, o stress do parto e a consciência da responsabilidade
aumentada, pois esse é um novo papel a ser desempenhado carregado de incertezas
e inseguranças."
E comigo? Como foi?
A Lara ficou internada com 14 dias e desses 14 dias são poucas coisas
que eu me lembro...não me lembro da rotina, não me lembro de como cuidava dela,
não me lembro principalmente qual era meu sentimento em relação a ela! Dos 10
dias de inferno que vivi naqueles hospitais me lembro de poucas coisas... não
vou esquecer nunca do meu medo e sentimento no momento em que ficamos só nós
duas sozinhas no hospital a primeira vez, assim como não vou esquecer como me
senti quando a médica falou que iríamos para casa!
Quando chegamos os dias eram extremamente difíceis, mas eu não conseguia
perceber o quanto! Quando percebi a depressão/baby blues já estava bem
complicado. Comecei a perceber um dia que estava amamentando a Lara e estava cerrando
os dentes, em crises fortes de ansiedade é assim que percebo que estou no meu
limite.
Não queria amamentar, sentia raiva de qualquer pessoa que estivesse perto de mim, mesmo sem elas terem feito absolutamente nada. Chorava, brigava, me irritava... a única coisa que melhorava era dormir! Como a Larinha sempre dormiu bem, eu dormia bastante também...
Não queria amamentar, sentia raiva de qualquer pessoa que estivesse perto de mim, mesmo sem elas terem feito absolutamente nada. Chorava, brigava, me irritava... a única coisa que melhorava era dormir! Como a Larinha sempre dormiu bem, eu dormia bastante também...
O Andy segurou muito a barra... conversava, me escutava, amparava meu
choro e desespero. Nos momentos totalmente sem esperança (sim, isso acontece!
Parece que sua vida será eternamente choro, brigas, mamadas e trocas de
fralda!) me mostrava o que não podia ser assim, que eu precisava ter um rumo na
vida e lutar contra aquele sentimento. A ajuda dele e as conversas com minha
mãe foram fundamentais para me acalmar e me ajudar a achar meu rumo. Resolvi
que precisava de ajuda médica! Comecei tomando Sertralina... tomei por 10 dias,
fiquei bem menos irritada, mas também fiquei com boca seca, tremor, coração
palpitando... mas ainda assim, me sentia melhor!
Levamos a Larinha em uma consulta de rotina e ela não estava ganhando
peso... Comecei a tomar Equilid para aumentar o leite e suspendi a Sertralina, pois
Equilid também é um antidepressivo. Aumentou meu leite e me deixou bem! Junto
com o baixo ganho de peso veio a notícia que precisaria complementar com
formula e isso foi um balde de água fria! E minha vontade de amamentar
exclusivo até os 6 meses? JÁ ERA! Irritabilidade de novo, crises de choro,
brigas e por ai vai! Mais uma vez o Andy teve muita paciência e segurou a
barra... Hoje estamos com amamentação em
livre demanda e uma ou duas mamadas de formula nos momentos em que o peito não
enche. Estou aceitando melhor a ideia, ainda não consegui dar a mamadeira para
ela, mas já consigo preparar o leite e ficar perto enquanto ela mama. (Que
pareça frescura e mimimi para algumas pessoas e meu mais singelo foda-se para
você!)
E como me sinto!? Como todos no mundo, tenho dias ruins e fico triste
sem motivo nenhum... Mas hoje cuido da minha filha da melhor maneira possível,
antes também fazia isso independente de eu estar bem ou estar mal e por isso
não tenho peso na consciência, mas agora é diferente... agora não tenho mais
angustia dentro de mim! Antes de começar a tomar os medicamentos, eu tinha
muita vergonha do que eu estava sentindo e do que as pessoas iriam pensar, mas
agora esse peso foi embora! Passamos por muita coisa no começo da vidinha da
Lara e eu sei que fui forte, segui meu coração e mesmo completamente insegura
fiz tudo da maneira que me parecia o melhor para ela, mesmo que muitas vezes eu
era muito pressionada a fazer diferente... A vida toda eu não medi palavras, não
liguei para o que as pessoas iriam pensar, como diz minha mãe: “A Jéssica não
manda recado!”. No começo da minha vida de mãe não, eu pensava na vontade dos outros,
pensava “O que vão achar se eu fizer assim com a Lara? Não acho que devo fazer,
mas e agora?”. Além de eu me preocupar mais com a vontade dos outros do que com
a minha, eu acreditava no pensamento das pessoas... acreditava que eu não
estava fazendo certo, que eu não era capaz e em muitas outras coisas que as
pessoas me transmitiam! Agora esse sentimento foi embora, ainda sou muito
insegura sobre o que devo fazer e como devo fazer... mas acho que esse
sentimento não vai mudar nunca!
A vida é julgamento e na maternidade é um pouco pior, pois todos acham que devem dar um pitaco e que da maneira deles é que é o certo!
Dizem que depois de 3 meses melhora, e melhora mesmo! Mas o que melhora não é o bebê... o que melhora é a mãe! Pelo menos no meu caso foi! A Lara não chora tanto quanto antes, pois ela teve muita cólica e isso já melhorou muito. Ela chora pois luta contra o sono, ela chora pois tem cólica, ela chora pois quer colo, ela chora pois quer atenção e as vezes ela chora e nem ela sabe o motivo!
Depois de 3 meses quem não chora mais sou eu! E vou terminar o post por aqui, por que a Lara está chorando! Rs
A vida é julgamento e na maternidade é um pouco pior, pois todos acham que devem dar um pitaco e que da maneira deles é que é o certo!
Dizem que depois de 3 meses melhora, e melhora mesmo! Mas o que melhora não é o bebê... o que melhora é a mãe! Pelo menos no meu caso foi! A Lara não chora tanto quanto antes, pois ela teve muita cólica e isso já melhorou muito. Ela chora pois luta contra o sono, ela chora pois tem cólica, ela chora pois quer colo, ela chora pois quer atenção e as vezes ela chora e nem ela sabe o motivo!
Depois de 3 meses quem não chora mais sou eu! E vou terminar o post por aqui, por que a Lara está chorando! Rs
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