quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sobre ser mãe

Não interessa se foi parto normal ou cesárea.
Não interessa se teve bebê no hospital, em casa, na fazenda ou numa casinha de sapê.
Não interessa se é peito ou mamadeira.
Não interessa se é leite materno ou fórmula.

Você sempre vai achar que está fazendo alguma coisa muito errada.
Você vai escutar que é uma mãe merda e tinha que fazer assim ou assado.

Ser mãe é seguir seu coração e intuição, independente da insegurança!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Relato sobre a UTI

Hoje faz 1 mês que eu comecei a passar pela maior e pior prova de minha vida!
Era um sábado e estava MUITO calor aqui em São Paulo, acordei as 6h pra amamentar a Lara e senti que ela estava quente, mas por causa do calor insuportável, achamos que era o corpo quente por causa do calor mesmo... ela mamou e dormiu, as 9h acordou novamente para mamar e continuava quente, minha mãe estava aqui me ajudando nesse comecinho e resolvemos colocar o termômetro: 38,5 de febre! Demos banho e baixou pra 37,5... A Thata (prima do Andy) veio aqui e demos outro banho, mais frio dessa vez, o umbigo ainda não tinha caído (com 14 dias) e achamos que poderia ser ele inflamado, pois ainda estava bem ‘molhado’... chamei a pediatra no face (Dra Rosangela, caso você leia, muito obrigada pela atenção e paciência de sempre!) e ela disse que deveríamos ir para o hospital.. A Thata levou eu, minha mãe e a Lara para encontrar o Andy e de lá fomos para o Santa Helena, demos entrada as 13h... A pediatra pediu exame de sangue, urina e raio-x para tentar diagnosticar o que estava acontecendo, falei pra ela que eu tive strepto + na gestação e NÃO ME DERAM ANTIBIOTICO NA HORA DO PARTO (ênfase para essa informação, pois foi o que causou tudo isso)...
O resultado dos exames saíram e não tinha nada, precisou coletar o liquor da espinha pois podia ser meningite, era 18h e o médico podia chegar em até 2h depois que fosse chamado, enquanto isso, deveríamos continuar na sala de espera do pronto socorro... a médica chegou 21h e pouco... passamos o dia todo com a Lara no colo, em um pronto socorro lotado e muito, MUITO calor... Enquanto ela estava no colo, se nos mexíamos ela chorava e continuava com febre! Depois de colher o liquor a médica já me adiantou ‘independente do resultado, ela teria que ficar internada pois RN  melhora e piora muito rápido... se fossemos pra casa sem saber o que era, poderia não dar tempo de chegar ao hospital’
Aquela noticia derrubou meu mundo! Não sabia como falar isso pro Andy, não sabia como aceitar isso... minha filha de só 14 dias, deveria ficar internada, deveria ficar ali naquela sala de pronto socorro junto com muitas outras crianças pois não havia quarto pra ela, deveria ficar naquele berço enorme pois não havia nada adequado pra ela! Quando cheguei na sala de espera eu já estava chorando muito, eu não aceitava falar aquilo, não conseguia ser forte naquele momento...
Chegou o resultado do exame e não era meningite, a suspeita era infecção no sangue devido a falta do antibiótico na hora do parto, então, ela deveria tomar antibiótico por no mínimo 7 dias... se era difícil aceitar minha filha ali, imagine por 7 dias! Depois disso o Andy levou minha mãe pra casa e logo voltou pra ficar no hospital, somente eu poderia ficar com ela, por conta da amamentação exclusiva no peito... Quanto minha mãe estava indo embora, eu achei que não ia dar conta! Eu me via ali, aprendendo a começar a ser mãe, com minha filha com um acesso no bracinho, chorando com qualquer movimento, olhinhos fundos e totalmente abatida!
No domingo, era 1h e ainda não tinha nenhuma resposta.. além disso, eu não tinha tomado banho e não tinha onde tomar banho no hospital! Minha filha não tinha onde tomar banho no hospital.. as enfermeiras não demonstravam esforços NENHUM em relação a isso... pegamos um quarto no hotel que tem do lado do hospital, eu fui com o Andy dormir um pouco, minha mãe e minha sogra revezaram para ficar com a neném e quando ela acordava para mamar eu voava para o hospital (do quarto para o lugar onde ela estava no hospital, era 5min )
Segunda-feira e ainda não tinha nenhuma resposta... pedimos para nos transferirem para outro lugar, no domingo.. e nada ainda! Então pedimos para procurarem vaga na região de Campinas... Acharam uma vaga em Indaiatuba e uma ambulância chegou as 19:30 para nos transferir... minha pequena chorava muito, o enfermeiro da ambulância era um anjo! Tinha muita paciência e carinho para cuidar dela, foi extremamente doloroso ver minha filha, tão pequeninha naquela maca enorme entrando na ambulância!
Chegamos em Indaiatuba, meu pai, irmão e cunhada foram para lá...
Logo que cheguei, a enfermeira disse que faria procedimentos e pediu para que eu aguardasse em uma sala... quando o pessoal chegou, eu avisei ela e desci ficar com eles um pouco, já que não podia ficar junto no momento dos procedimentos...
Ela desceu para me chamar quando os procedimentos terminaram, me despedi de todos e com o coração na mão subi para ficar com ela.. foi o primeiro momento em que fiquei sozinha, em São Paulo, mesmo sozinha com ela na sala, era chegar no corredor que eu encontrava o Andy e minha mãe! Ali não, era somente eu!
Ela precisou ficar em isolamento, cheguei nessa sala e vi minha filha na incubadora.. o choque foi enorme! O horário de visita era extremamente restrito, somente pais e avós, o pai poderia ir todos os dias das 11:30 as 12h e das 17h as 17:30... e me disseram que eu só poderia sair do hospital quando ela tivesse alta, não poderia nem descer para olhar a cara da rua.. assim eu fiquei, por 72h, dentro do hospital, sem olhar a cara da rua, sem tomar sol... simplesmente ali, e também não podia usar celular na sala de isolamento, somente na salinha dos pais... eu estava ficando louca! Minha sogra quando foi nos visitar conversou com assistente social e fez com que eu conseguisse sair, pois na quinta era meu aniversario e além disso, eu não conseguia conversar com ninguém sem chorar! A pressão era muito grande.. além de ver minha filha naquela situação, desde o momento que cheguei no hospital me pressionaram para dar formula para ela, mesmo que eu estivesse cheia de leite e ela mamando super bem!
Na quarta-feira foi o dia mais difícil, eu percebi que a mão dela estava dobrada dentro da tala e pedi para que a enfermeira olhasse, e ela disse que era assim mesmo, que ela estava dobrando os dedinhos... e eu insisti novamente depois, insisti por quatro vezes pois tinha a impressão que os dedinhos estavam presos...
Quando foi 19h ela começou a chorar, não pegava o peito, não tinha fralda suja, não parava de chorar em posição nenhuma... eu aguentei, pacientemente por 4 horas e entrei em pânico! Comecei a chorar pois eu não conseguia acalmar minha filha, pois eu não aguentava mais ficar ali, não aguentava mais ver minha filha sofrer sem poder fazer nada! Qual o apoio que a enfermeira me deu?? Disse que não adiantava nada eu chorar, que a bebe chorava pois eu não conseguia dar o peito pra ela e ela estava com fome, que ela ia trazer a formula para dar pra ela pois ela estava irritada comigo e enquanto eu tentasse chegar perto dela, ela choraria mais! Eu disse que não ia dar a formula, pois ela mamava bem no peito e se não pegava naquele momento, era pq não tinha fome e era alguma outra coisa errada.. mas ela insistia em dizer que ela não queria chegar perto de mim pois eu estava fazendo ela passar fome...
Chego um momento que eu não aguentei, liguei pro Andy pedindo pra ele ir pra la, pois eu não aguentava mais ficar ali dentro, não aguentava tudo aquilo e eu precisava dele, pois não tinha mais força pra continuar...
Ele e minha mãe foram pra lá... eu fiquei um bom tempo com eles na frente do hospital, eu estava inconsolável!
A médica abriu uma exceção e deitou minha mãe passar a noite com ela e eu fui pra casa dormir... no outro dia de manha, acordei cheia de leite e quando cheguei minha filha mamou como nunca! Além disso, ela havia perdido o acesso quando foi tomar o antibiótico pela manha, a veia estava muito sensível e havia uma ferida na mão dela, pois os dedos estavam dobrados e ficou uma feridinha em carne viva, por isso ela chorou tanto na noite anterior. Já era quinta-feira, meu aniversário, e combinei com o andy de jantarmos no lanchão que era bem na frente do hospital, ele tapou meus olhos dentro do hospital e me levou para lá, quando abriu meus olhos, havia umas 25 pessoas lá cantando parabéns para mim.. assim como nos outros dias, eu desabei de chorar.. mas depois de tanto tempo, era por uma coisa boa! Era por ver o esforço e preocupação do meu marido em chamar todas aquelas pessoas para irem até lá! Era por ver que sempre temos com quem contar... Finalmente consegui relaxar um pouco...

O fardo mais difícil para mim era a parte da noite! Eu não suportava mais passar as noites naquele lugar, esse dia o Andy passou a noite lá e eu fui para casa... deixei leite lá para ela tomar e não precisar da formula...

Depois que ela perdeu o acesso na mão, colocaram no braço, no dia seguinte no pé... quando chegou sábado não conseguiam mais pegar a veia dela, pois estavam todas muito fina, até o pescoço tentaram e não conseguiram, a médica disse que como não pegava veia e estava faltando somente 3 doses, podia suspender o antibiótico e observar se a febre voltava. Até domingo não voltou e estávamos liberadas! Iria fazer um exame de sangue para confirmar que a infecção estava curada e poderíamos ir pra casa... chorei novamente ao contar pro Andy! Não conseguia acreditar que eu ia falar isso, não conseguia acreditar que aquele pesadelo tinha acabado! Domingo almoçamos na casa da minha mãe e segunda estávamos em casa!

Resumo, desde que eu entrei no hospital eu fui pressionada para que minha filha tomasse formula, mesmo tendo leite suficiente e em 10 dias de UTI ela ganhou pelo! Não havia nenhum argumento para que ela não mamasse em meu peito! Eu briguei, eu bati de frente, eu ouvi que minha filha estava irritada comigo, que ela estava com fome por minha causa, que eu pegava muito ela no colo e ela estava mal acostumada... tudo isso com uma rescem nascida que estava na UTI, tomando picadas todos os dias, super sensível e dolorida...
Mas, algumas meninas da UTI Neo do hospital Santa Ignes de Indaiatuba foram anjos para mim! A Fisioterapeuta Andreia, que conversava comigo todos os dias, fazendo as manhas ficarem mais fáceis! A Bia, que fazia cafuné em minha filha enquanto outra enfermeira tentava conseguir o acesso, o Everton, super engraçado e bem disposto, que resolvia todos os problemas que estavam ao seu alcance, levou até água gelada para nós em seu plantão... Haviam outras pessoas também que não me lembro o nome! Em modo geral, essas pessoas compensavam totalmente os maus profissionais que trabalham lá, esses são bem poucos...

A causa...

Isso tudo só aconteceu por falta de responsabilidade, profissionalismo ou chamem do que for do Dr Cesar Augusto Tavares Moreira do hospital Santa Helena, um dos 4 hospitais que se dizem ‘humanizados’ na cidade de São Paulo. Não me deu antibiótico sendo strepto + e colocou a vida da minha filha em risco! Ela poderia falecer, poderia perder a visão... entre outras sequelas! Graças a Deus não houve nada com minha filha, não houve nenhuma sequela!

Eu agradeço a todos que me mandaram msg, que me apoiaram e deram força, que rezaram por nós!
Essa, com certeza, foi a pior coisa que aconteceu em minha vida!

Relato do meu parto [PARTE 2]

Relato do meu parto [PARTE 2]

ATENÇÃO: se você não é do tipo que curte esses papos de parto, sangue, placenta, etc.. nem leia o texto!

Eu sai da mesa ginecológica e já fui pro pré-parto, nessa hora eu ainda estava sozinha. Logo que cheguei fui colocar a camisola do hospital, (sério, é horrível ficar só com aquilo! Eu queria ficar pelo menos de top, mas não deixaram... e mais tarde percebi que o top teria incomodado muito!). Pra quem não sabe, eu era super viciada em Neoroso... dessas que precisa ter três na bolsa, um no carro, cinco do lado da cama, só pra garantir que não vai ficar sem nunca, e no final da gravidez eu estava no ápice do vício! Perguntei pra enfermeira se eu poderia ficar com ele, e sim, ela deixou! O que foi de grande felicidade pra mim...
Me colocaram deitada na cama, o que era extremamente desconfortável, simplesmente não conseguia ficar confortável deitada... mas precisava fazer o exame para escutar o coração e medir os movimentos da bebê, fiquei até onde eu aguentei (o exame dura 20 minutos) e precisei sentar! As contrações vinham cada vez mais forte e era insuportável ficar deitada. Me deixaram sentar, então fiquei sentada ‘de índinho’ na maca... As dores só aumentando e todas as vezes que vinha a contração as enfermeiras me lembravam de respirar e respirando corretamente (puxa beeeem fundo pelo nariz e solta pela boca) as contrações aliviam pra caramba! #ficadica Eu tentava me manter calma, sempre que a dor vinha eu pensava ‘calma, já vai melhorar! Jájá sua neném está aqui com você e tudo vai valer a pena, respira! Respira! Respira!’ e depois de um tempo eu comecei a pressionar minha lombar, o que também me ajudou muito!
Eu tive estreptococo + no parto e lembrei bastante as enfermeiras disso, perguntei se não tomaria o antibiótico conforme meu médico tinha recomendado, mas sinceramente, a dor era tanta que eu não me lembro o que me disseram!
Depois de um tempo que eu estava lá, ainda sozinha, comecei a ficar nervosa porque o Andy não chegava... Estava ficando bem agitada! Além do medo da neném nascer a qualquer minuto e ele não estar comigo, a dor estava bem forte e eu queria ele ali. Mais uma vez perguntei se ele não iria entrar e a enfermeira me disse que ele estava resolvendo a internação, pedi que meu irmão ou cunhada resolvesse pois realmente queria que ele entrasse, nessa hora ele já estava esperando a liberação para entrar na sala pré-parto. Quando ele chegou me deu um alivio grande! A enfermeira orientou que ele fizesse massagem em círculo na minha lombar, isso aliviou MUITO! #ficadica² Ele fez MUITA massagem, quando vinha as contrações eu implorava pra ele não parar, mas é no sentido literal, de falar: pelo amor de Deus, não para!!!’ coitado! (depois descobri que esse processo todo do Andy entrar demorou +- 1 hora)
A enfermeira me disse que eu iria para a barra, já estava com 6 dedos de dilatação a barra é tipo essas barras que tem em banheiro de cadeirante, eu deveria segurar nela, agachar o máximo que eu conseguisse e fazer força quando viesse a contração, simples! O único problema é que eu mal podia andar da cama para a barra, parecia que minhas pernas estavam travadas e a lombar rasgando! No começo eu não conseguia, quando a contração vinha eu encostava a cabeça na parede e esperava passar, mesmo com o Andy e a enfermeira me dando bronca! Rs Mas o corpo foi ‘soltando’ depois que fiquei em pé e fui conseguindo... é muito difícil fazer força no momento da contração! Depois de um tempo senti muita vontade de fazer xixi, eu realmente queria sentar na privada e fazer meu xixizinho, mas tive que fazer ali (tinha vários lençóis no chão), logo depois disso a bolsa estourou... Todos dizem ‘quando a bolsa entoura, sai um liquido transparente... Parece xixi’, mas começou a pingar sangue e eu senti um leve desespero! Mas ai o Andy me lembrou de fazer força e não me concentrei mais nisso...
Quando estava ‘acostumando’ com a barra, fui pro chuveiro... Era quase a mesma coisa, agacha e faz força, mas com a água batendo nas costas... mais uma vez, é difícil acostumar com o processo no começo, quando vinha a contração eu apoiava na pia e não conseguia nem agachar, muito menos fazer força! Mas por causa do calor, da dor, de ficar muito curvada para apoiar na pia eu vomitei... Ok, não precisava começar a vomitar que é algo que eu odeio muito! (Obs. Estava tão desnorteada de dor, que peguei o chuveirinho para limpar, quase esguichei água na minha cara! Hahaha) Eu agachei de cócoras no chão, mas na primeira contração não aguentei e fiquei de joelho... depois de um tempo eu comecei a conseguir, de cócoras fazia força na contração... E assim saia bastante sangue. Fiquei 40 minutos nesse processo, mas a água começou a ficar gelada e eu não consegui mais ficar ali, então eu fui para uma outra cama (me enxugar no meio desse processo não foi nada fácil!), eu já estava com o acesso desde entrei no pré parto, então me deram ocitocina, eu estava com 7 quase 8 dedos de dilatação e IMPLORANDO pra tomar anestesia! Perguntei pra enfermeira o que era que eu estava tomando (achando que seria o antibiótico por causa do estreptococo) e ela me disse que era pra acelerar as contrações, OI? Já estava insuportável, ia piorar? SIM! Eu tive que ficar deitada de barriga pra cima para medir os batimentos e movimentação da bebê, era MUITO, MUITO difícil! A enfermeira me disse ‘agora, quanto mais força você fizer, mais rápido vai ser!’ PQP! Eu não aguentava mais, precisava ser rápido! Então comecei a fazer força, toda a força que eu podia fazer! Ia doer, mas ia passar! Eu só conseguia pensar ‘vai, empurra, faz força, porque está insuportável e precisa acabar logo! Eu não aguento mais, precisa ir logo!’ Minha bolsa tinha rompido, mas não tinha rompido totalmente e estava com bastante liquido ainda, então a enfermeira rompeu... foi um alivio! Melhorou muito o peso da barriga, pois eu já não deitava de barriga pra cima tinha uns 3 meses por causa do peso, imagina o peso + contração? ERA MUITO DIFICIL! Eu me lembro muito vagamente de desligar do mundo entre uma contração e outra nesse final, o Andy me falava pra não dormir, pra ficar com ele, pra responder... e eu só tinha força pra responder que sim com a cabeça, não conseguia nem abrir os olhos e logo vinha outra contração e eu usava o resto da força para empurrar! Em alguns momentos eu queria parar de fazer força, eu tentava parar, mas o corpo não obedecia... foi assim que eu comecei a sentir rasgar por dentro, simples assim! Eu não conseguia parar de fazer força e me sentia rasgando por dentro, então dei um básico piti de ‘ta ardendo!! Ta ardendo!!’ A enfermeira apareceu rapidinho para fazer o toque e já disse ‘chama o médico!’ Ele chegou e fez o exame de toque de novo (isso é muito chato e desconfortável!) e disse ‘pai, corre pra se trocar que nós vamos pra sala de parto!’ e lá vai o Andy sair correndo, trocar de roupa, pegar máquina e eu com contrações fortíssimas, aliviada por que estava acabando, com medo pois não sabia o que ia acontecer. É muito ruim dar role de maca, mas não prestei atenção no caminho todo, afinal, as contrações não deixavam!
Quando entrei na sala de parto migrei da cama/maca que eu estava pra mesa/cama do parto e não, não é igual novela que você fica ‘sentada’ com as pernas pra cima, você fica deitada (parece até que estava um pouco de ponta cabeça) e com as pernas naquele negócio de mesa ginecológica. Me pediram pra ficar sentada para aplicar a anestesia, meu pensamento foi ‘anestesia! ATÉ QUE ENFIM JESUS AMADO!!’

 Eu me lembro que o anestesista disse que ia precisar prender minhas mãos e eu pedi pra não prender, disse que tenho agonia de ficar com as mãos presas e que seria muito ruim para mim, então ele me disse que eu precisaria ficar com as mãos paradas e não poderia tocar em nada, pois tudo ali era esterilizado e eu poderia contaminar alguma coisa, assim eu fiz... (detalhe, prender as mãos não é ‘mérito da cesariana’, hein!?) Eu dei trabalho na hora de aplicar a anestesia, eu já estava com muita dor e não conseguia curvar as costas o suficiente pra aplicação da anestesia, quando ele dava a picada pra aplicação, eu ‘pulava’ e por mais que eu tentasse, era impossível eu ficar parada!  Foram três tentativas, na terceira com duas pessoas me segurando e muita concentração conseguiu aplicar a anestesia... a sensação era de que meus pés estavam dormindo, eu conseguia mexer normalmente, mas com uma sensibilidade diferente... Depois disso, o Anderson entrou na sala de parto.
Eu fiquei deitava e me disseram que eu não podia parar de fazer força, pedi que me avisassem quando eu devia fazer força, pois não sentia mais as contrações e dores (UUFFFAAAAAAAA!!!), uma médica, que não tenho ideia de quem era disse que me ajudaria, pediu para que eu fizesse força e ‘empurrou’ minha barriga para baixo e eu senti MIUTA dor e não consegui fazer força nenhuma, disse que ela estava me machucando e ela disse que não podia parar, minha bebe precisava daquela ajuda para conseguir sair, porém, doía muito e eu não conseguia me concentrar em fazer força (minha barriga doeu uns 20 dias no lugar onde ela apoiou  cotovelo para empurrar!), ela trocou com o anestesista e ele fez a mesma coisa que ela estava fazendo, porém, sem me machucar! O médico disse que ela estava saindo, mas eu não conseguia ver nada por causa dos panos... de repente, ele levantou aquela cabecinha, aquele par de olhinhos me olhando...

Não tem como explicar essa sensação! Eu só conseguia sorrir! Aqueles olhinhos foram no fundo da minha alma e naquele momento minha vida mudou, o mundo simplesmente parou e não conseguia perceber mais nada em volta de mim!! O médico levou ela para limpar e fazer os procedimentos... e terminar os meus procedimentos, tirar a placenta, dar os pontos do episio (Nota especial em relação ao episio, eu tomei 3 pontos externos e alguns pontos internos, no domingo eu sentia muita dor e me sentia muito inchada, conseguia sentar normal, mas era muito desconfortável na hora de andar.. na segunda o médico me receitou Andolba, e esse remédio mudou minha vida! Hahaha na terça eu conseguia agachar sem sentir dor! Toda vez que eu usava o banheiro eu tinha que lavar com sabão neutro e passar a Andolba, que é um spary, e ela anestesiava bastante... com uns 5 dias os pontos caíram e só prestei atenção, lavei e usei a Andolba até o dia que fui pra UTI com a Lara, 14 dias depois do parto, e não senti mais dor nem nada depois disso... Detalhe, não fiquei torta depois do parto normal, não tem ponto a mais pra ficar apertadinha *sim, no português bem claro hahaha*, não perdi a sensibilidade, não tenho problemas pra segurar xixi...

Enquanto rolava os procedimentos, me levaram a Lara limpinha para vermos melhor... eu não consegui pegar ela pq eu tremia muito e não tinha forças no braço, mas a enfermeira ia me dar ela pra eu segurar, eu que não consegui mesmo... eu disse que queria tirar aquela foto ‘tipica’ de maternidade e o anestesista tirou, lembrou o Andy de tirar a mascara pra foto, sugeriu poses! Rs
A enfermeira me disse pra ficar esperando na maca, eu linda e poderosa, desci as perninhas e fiquei sentada na mesa, quando ela viu me deu a MAIOR bronca! Eu não podia ficar sentada ainda, por causa da anestesia.. então eu deitei novamente, logo depois me levaram pra sala de observação, lá eu estava super agitada, conversei bastante com outra menina que estava la e sentia bastante coceira por causa da anestesia, no nariz, nas pernas, nas costas... bem chato! 1h 30min mais ou menos depois, fui pro pós operatório, onde fiquei esperando vaga de quarto, e o Andy foi comigo, isso era 1:30 da manha.. a Lara chegou só lá pras 4:30, estava esperando resultados de exames... logo que ela chegou eu fui amamentar, pela pegou de primeira! (E eu fiquei muito feliz com isso) Enquanto eu estava no hospital não senti dor nenhuma para amamentar, porém ela só pegava o peito esquerdo, mas com um pouco de paciência e persistência ela pegou os dois.

Quando foi umas 8h a enfermeira me levou para tomar banho, ela tinha que ficar comigo por causa da anestesia, eu podia sentir tontura.. eu consegui tomar banho em pé e sozinha, mas não pude lavar a cabeça por causa da possível tontura... Quando fui umas 11h a enfermeira me liberou para tomar outro banho e lavar a cabeça! DELICIA! Tomei outro banho, lavei o cabelo, que estava CHEIO de nós! Alguns não saíram e precisei quebrar o cabelo pra tirar...
Assim que sai do banho fomos pro quarto, a outra moça que estava lá era muito chata e reclamava de tudo! Além de monopolizar a TV hahahaha
No hospital fizeram todos os exames básicos na Lara, coração, olhos, ouvidos, pezinho...
Na terça viemos para casa! Estava muito frio e chovendo muito...

E assim foi o meu parto! Logo vou escrever outro post sobre meus 40 dias e também sobre os dias na UTI...







segunda-feira, 5 de outubro de 2015

1 mês de Larinha


Hoje as 23:24 faz um mês que olhei esses olhinhos pela primeira vez... Nunca vou me esquecer a maneira como eles olharam o fundo da minha alma!
Foi ali que acreditei em amor a primeira vista. Mesmo te esperando e te amando por 9 meses, ali é diferente... Você vê aquele pequeno ser que é totalmente dependente de você e seu mundo muda, seu mundo para de girar ao redor do seu umbigo e passa a ser aquele pequeno pedaço de você!
Esse foi o mês mais lindo e difícil da minha vida, aprendi o poder da minha força e determinação...
Por você carrego o mundo e mais um pouco! Você mudou tudo em mim...
"Um anjo do céu
Que trouxe pra mim
É a mais bonita
A joia perfeita
Que é pra eu cuidar
Que é pra eu amar
Gota cristalina
Tem toda inocência
Vem, ó, meu bem
Não chore não
Vou cantar pra você"

Sobre a semana mais difícil da minha vida

Minha pequena ficou doente... Com 14 diazinhos de vida estava com 37,5 de febre e eu quase enlouqueci!
Passei quase 24hrs acordada com ela no hospital, ela ficou em contato com crianças maiores sem ter nenhuma imunidade e a cada minuto que passava meu coração se partia mais um pouco! Quando a médica me disse que ela precisaria ficar internada nunca senti uma dor tão grande! Ali estava minha pequena, dormindo largada... Os poucos momentos que abria os olhinhos, eu entendia que ela estava me implorando pra fazer ela ficar bem... Aqueles olhinhos! Definitivamente é o que eu mais gosto nela, foi a primeira coisa que olhei nela quando nasceu e naquele momento eu sabia que alguém podia olhar a minha alma! Mas dessa vez não, ela não olhava dentro do meu coração, ela implorava pra eu fazer aquilo passar... Mas eu não podia! Me senti impotente, me senti culpada, me senti incapaz, me senti a pior mãe do planeta... Achei que não daria conta de aguentar aquilo tudo, mas aguentei! Com o coração na mão, fiz tudo que eu podia pra ela ficar bem logo...
Eu queria ficar o tempo todo com ela, mas o leite também dependia do meu descanso... E amamentar é a melhor coisa que posso fazer por ela nesse momento! Quando deitei na cama do hotel, que ficava à 5min do hospital, o choro dela ecoava na minha cabeça...nunca passei por nada minimamente parecido!

Quando fomos transferidos de hospital, depois de 2 dias esperando leito, achei pela segunda vez que meu leite secaria... A médica prescreveu fórmula pois ela não parava de chorar, ali eu vi meu desejo de amamentação exclusiva indo entre meus dedos... Eu não podia deixar isso acontecer! Juntei mais força, de onde  eu não sei, e fiquei calma... Tomei tanta água que mais um gole me faria vomitar.
E consegui, dormi sabendo que Deus estava me escutando e que hoje seria um novo dia! E está sendo... Um dia de peitos cheios e muita amamentação!

Eu consegui! Eu estou conseguindo!
Estou segurando as pontas pela minha pequena...

Na gravidez eu não gestei só um corpinho, eu gestei amor e principalmente, eu gestei força! Uma força que eu não imaginava que existia, não imaginava que eu era capaz... Antes eu achava que minha imagem no espelho, reflexo de levantar um monte de peso na academia, me feria forte... Hoje sei que pouco menos de 4kg  me faz a mulher mais forte do mundo! Capaz de suportar qualquer coisa pra ter aqueles olhinhos olhando meu coração e não me implorando ajuda...

Orem por nós! Logo esse pesadelo irá acabar...

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Relato do meu parto [PARTE 1]

Tã tã tãa tãããã!!!

Já digo de cara, a história vai ser longa!

Com 38 semanas eu estava com 1,5 cm de dilatação e colo do útero macio e isso ajudaria na hora do trabalho de parto (TP).
A previsão do nascimento da Lara era pro dia 30/08, podendo nascer a partir do dia 15/08... este dia eu acordei, limpei o quarto, agachei, fui ao mercado... já comecei a fazer tudo que era possível para ela nascer!

No dia 16/08 meus pais, irmão, cunhada e sobrinha vieram para São Paulo, fui ao mercado de novo (já estava quebrada por causa do dia anterior!), andava pra lá e pra cá.. e nada! Se eu espirrava estava todos olhando pra mim na maior expectativa (inclusive eu!)... mas, NADA ACONTECEU!
Durante a semana eu ia ao mercado basicamente todos os dias... minha barriga estava enorme, imensa!



Dia 22/08 meu irmão, cunhada, sobrinha e mãe vieram novamente e fomos ao zoológico, sim, eu fui me arrastando com essa barriga gigante! Pesava, cansava, mas eu estava fazendo qualquer negócio pra ver se ela nascia logo. No meio do processo, eu com o nariz super entupido, louca pra ir embora pra poder pingar meu Neoroso, comecei a sentir a barriga dura e uma dorzinha (na escala de 0 – 10 era 4, pelo menos eu achava na época! hahaha)... então viemos para casa, eu tomei banho e continuei com a barriga dura, fomos ao hospital! Quando chegamos lá, fiz o exame para escutar o coração da bebê e medir as contrações, que eram muito fracas e a dilatação continuava a mesma, alarme super falso! Voltamos para casa...
Dia 30/08 chegou e não sei o que era maior, a expectativa ou a frustração de nada ter acontecido ainda... fui com o Anderson no parque, andamos um pouco, olhamos mil bebês e tentamos nos distrair!
Dia 31/08 eu já estava surtada, fomos ao retorno com o obstetra... ele olhou o resultado dos meus exames e disse que estava tudo normal, perguntou se eu ainda queria esperar o parto normal e a resposta foi que sim! Ele falou pra eu esperar até a quarta-feira, 02/09 que seria um prazo normal de atraso por ser primeiro filho, caso nada acontecesse, teríamos até dia 07/09 para esperar que seria seguro, e então, neste dia eu teria que ir ao hospital (provavelmente para cesárea, pois a bebê não tinha encaixado e não seria possível induzir o normal por causa disso...), mas como era feriado, ficou para o dia 08/09! Eu com 40 semanas já estava surtada, chorando o tempo todo, mas tinha que ter paciência e esperar.

Dia 01/09 eu comecei a sentir dores ritmadas à cada 20 minutos, mandei mensagem pro Anderson e quando ele chegou do trabalho fomos direto ao hospital, novamente a mesma resposta! Mesma dilatação, nada de contração e uma frustração enorme!
Na quarta-feira (02/09) resolvi fazer bolo de chocolate... já que minha bebê não nascia nunca, eu ia enfiar o pé na jaca como consolo! (resolveu? Óbvio que não!) Comi bolo quente como se não houvesse amanhã... MAS HOUVE! No dia 03/08 fui novamente ao hospital, Santa Helena (hospital da Unimed aqui em São Paulo).. mas não foi um dia qualquer, foi o olho do furacão da notícia que a Unimed Paulistana faliu! Estava cheio, muito cheio!! Já que os outros hospitais não estavam mais atendendo Unimed e encaminhava todos para o Santa Helena. Eu já tinha me planejado de ter bebê lá, meu médico atendia lá e também não tinha o que fazer...
Eu entrei no hospital de cadeira de rodas com um balde no colo! Eu tinha vômito e diarreia desde as 6h e só consegui chegar lá as 11h, pois não tinha condições de sair de casa! Passei o dia no hospital, quando cheguei tinha algumas contrações mas nada que significasse TP e como não consegui comer absolutamente nada o dia todo os movimentos da bebê estavam bem fraquinhos, a plantonista queria me internar, mas, ligaram pro médico e ele disse pra eu ir pra casa e voltar depois de dois dias pra refazer os exames e ir ao consultório dele na terça-feira (no mesmo dia que ele me disse pra ir direto ao hospital e eu não entendi mais nada!)
Na sexta-feira de manhã liguei no consultório do médico para perguntar quando deveria ir e a secretária me disse pra ir na sexta mesmo, então, fomos pra lá no final da tarde... fui feliz e saltitante pois teria uma resposta! Quando chegamos na portaria do prédio e dissemos onde iriamos o porteiro disse “O Dr acabou de ir embora!” OI? Já comecei a tremer na hora, COMO ASSIIIIIMMMM!?”
Quando subimos a secretária disse que ele foi embora com cólica renal... Ok, médico também fica doente! Mas eu já estava nervosa e desesperada por uma resposta... Ela me disse que não poderia fazer nada, nem me passar o celular dele! Eu no auge do desespero, comecei a chorar loucamente... e fui amparada pelo Andy e por umas 5 grávidas que estavam lá! Depois do meu “piti” a secretária me passou o celular dele e ligaríamos no sábado de manhã.

Frustração, decepção e ansiedade me definiam! Mais alguma coisa pra dar errado? (mal eu sabia...)

No sábado dia 05/09 voltei ao hospital de manhã para refazer o exame conforme orientado.
Enquanto eu esperava chegou uma moça com muita contração e o bebê estava quase nascendo ali mesmo no atendimento do pronto socorro, eu nunca senti tanta inveja (boa, eu juro!) na minha vida! Como eu queria sentir aquelas contrações e poder ter minha bebê de parto normal! Já estava me conformando em fazer cesárea =(
Depois da quinta-feira que passei lá as enfermeiras me conheciam...
Novamente o resultado foi o mesmo, nada de contração e o médico plantonista (que me reconheceu pois tinha me liberado na quinta-feira) nem fez o exame de toque, mas disse pra ligarem pro meu médico, ele disse pra eu ir pra casa e voltar na segunda-feira. O plantonista disse pra eu fazer isso e na segunda-feira caso meu médico não assumisse uma posição do que fazer, eles assumiriam! Pois já estaria com 41 semanas completas.

E assim fizemos, para casa novamente! Porém, mais calmos dessa vez, pois sabíamos que não passaria de segunda-feira!!

Saímos do hospital e fomos encontrar meu irmão, cunhada e sobrinha para almoçar.
Fomos pro KFC almoçar, quando chegamos lá eu falei pro Anderson que estava sentindo um incomodo diferente, não chegava a ser uma dor, mas incomodava. Com tantos alarmes falsos eu nem liguei, pois já tinha cansado de ir ao hospital e ficar frustrada...
Comemos e ficamos um tempão sentados na praça de alimentação conversando, tinha até esquecido de toda a pressão! Mas eu comecei a me sentir mal e fomos embora. Quando levantei da mesa eu comecei a sentir uma dor no pé da barriga e fui ao banheiro, a dor começou a ficar mais forte...
Chegamos em casa e eu fui tomar banho, fiquei um tempo com a água quente caindo nas costas, na barriga, fiquei agachada com a água caindo... Fui me deitar um pouco, pois achava que era canseira, já que sai de casa umas 9h e já era umas 17h... Mas a dor continuava vindo! Eu não achava mais posição, ficar deitada incomodava, ficar em pé nem pensar... no começo quando as dores vinham eu ficava de joelho na cama, isso me aliviava um pouco. Nossas indicações eram de ir pro hospital caso viesse três dores no intervalo de 10 minutos, mas demorava em média 15 minutos, 13 minutos.. e eu realmente não queria ir ao hospital em alarme falso outra vez!
Mas as dores começaram a apertar muito, na escala 0 – 10 as dores eram 6.. depois 8! A única posição que me aliviada era ficar igual um gorila! ISSO MESMO! De joelhos, mãos na frente dos joelhos e um travesseiro no meio das pernas, nem nessa situação deixaram de me zuar! Hahaha Chegou um momento que eu não aguentava mais, chorava de dor e queria ir pro hospital! Sempre que eu passar pela liberdade vou me lembrar do final da minha gravidez, sempre que chegava na rua com as famosas luzes da liberdade me dava um alivio sem fim que o hospital estava chegando!!

Quando o Andy parou o carro no pronto socorro o segurança perguntou se eu queria uma cadeira de rodas, nesse momento a contração veio, coloquei um pé em cima do painel e comecei a chorar de dor, ele se desesperou e pegou a cadeira achando que eu iria parir ali mesmo! Hahaha
Não fiz ficha, não apresentei documento nem nada... entrei direto para a enfermeira fazer o exame! Estava sentada na cadeira de rodas e quando ela me pediu pra levantar para ir para a cama ginecológica a contração veio, perguntei se poderia esperar passar e ela disse que sim, sem problemas e segurou minha mão!
Quando passou eu deitei e ela ia fazer o toque, 4 dedos de dilatação!!! Ela chamou a outra enfermeira, disse assim “Fulana, vem aqui ver, já da pra ver os cabelinhos dela!!!”
Eu perguntei “É hoje? Vai ser agora?” e ela me respondeu que sim, já iria pra sala de pré-parto direto!

Acho que nunca no mundo senti nada parecido como naquele momento... CHEGOU A HORA! Já estava com dilatação, só dependia de mim...

[continua...]